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 Amantes da velocidade, cá vai disto:
Formula 1, a modalidade de automobilismo mais conhecida do mundo, sempre foi um grande motivo para unir multidões, naquela que é um dos eventos mais assistidos de sempre. Com exactamente cinquenta anos de existência, a Formula 1 sofreu grandes modificações ao longo do ano em todos os aspectos e expandiu-se pelo mundo inteiro gerando todo e qualquer género de merchandise. Os videojogos foram também um dos universos explorados por este meio de entretenimento, sendo lançados vários jogos desde 1985. Uma das franchises que mais sucesso obteve na produção de jogos da Formula 1, foi a série Geoff Crammond's Formula One, que desde a criação do primeiro da franchise, Formula One Grand Prix, que a criação de Geoff Crammond tornou-se numa das franchises mais emblemáticas do mundo dos videojogos no que toca à Formula 1. Passados vários anos, e a franchise passou por muitos altos e baixos, e recentemente, a Codemasters, companhia responsável por jogos como Toca Race Driver ou DiRT, comprou os direitos para a produção de jogos oficiais da Formula 1, e começou por produzir para a Wii, PSP e iPhone o F1 2009, um jogo que apesar de ter tido uma recepção mista, foi com certeza um passo em frente no que toca aos jogos baseados na Formula 1.


A nova aposta da Codemasters centra-se em F1 2010, um jogo de Formula 1 com as equipas e pilotos desta temporada, mas que aposta numa apresentação estonteante e numa jogabilidade bem ao estilo da Codemasters. Seja de frisar que este teste foi realizado de uma versão de F1 2010 para a PS3 não finalizada, faltando alguns modos e detalhes. Neste novo jogo, a Codemasters decidiu usar o seu famoso motor que deu vida a jogos como Colin McRae: DiRT ou Race Driver: Grid, o motor EGO, dando assim uma nova vida aos jogos da Formula 1. Com grandes ingredientes à mistura, F1 2010 parece começar a tornar-se num dos jogos mais interessantes deste ano, e num dos melhores, senão o melhor simulador de corridas de Formula 1 até hoje. Ao iniciar o jogo somos abordados por um menu de configuração muito original, ao que o jogador encontra-se a oferecer uma entrevista perante a imprensa e ao responder as perguntas vamos configurar partes como nome ou dificuldade. Nesta antevisão tivemos acesso a alguns modos como o modo Grand Prix, onde vamos poder fazer o Grande Prémio da Formula 1 oficial, ou fazermos um Grande Prémio com as pistas à nossa escolha; o modo Time Trial, que irá permitir ao jogador aperfeiçoar todos os detalhes daquela pista que temos mais dificuldade melhorando assim o seu tempo. Modos como o modo carreira e modo online não foram testados.

Todo o aspecto estético de F1 2010 no que toca aos menus e loadings são muito semelhantes ao que podemos encontrar em Race Driver: Grid ou Colin McRace: DiRT, com loadings a apresentar sugestões e afins, e fundos de ecrã a mostrar uma zona mais restrita do paddock, com camiões e mecânicos. Ao escolhermos a nossa opção de jogo, o ecrã girar tal como os jogos acima mencionados, quase como se tornasse num toque de marca da Codemasters. Antes de nos fazermos à pista, vamos começar com o nosso carro na boxe, podendo verificar o estado do carro em termos de afinações e os tempos que os restantes pilotos andam a fazer na pista. Nesses tempos, é possível verificar também os tempos dos vários sectores da pista. Também podemos ver vários aspectos como a meteorologia do dia e recorde actual da pista. Não sabemos se irão existir mais opções dentro da boxe, mas estas que existem, já são suficientes.

Em F1 2010, cada carro comporta-se individualmente da sua maneira, como por exemplo um carro da Ferrari consegue muito mais depressa recuperar numa curva e segurar o carro na chuva do que um carro da Hispania Racing. Cada carro possui o seu nível de qualidade, e um dos pontos da dificuldade do jogo, irá ser colocar o jogador num carro de fraca qualidade para assim aumentar o nível de dificuldade, obrigando o jogador a treinar arduamente no aperfeiçoamento do carro e a treinar bastante. Assim que nos fizermos à pista, podemos carregar no botão Start para pausar o jogo e ver as várias definições que podemos alterar ou ligar no que toca às assistências do carro, definições que vão desde o simples “Mostrar a linha de corrida aconselhada” até à assistência nas travagens. Ao carregarmos Select, vamos poder ver um replay dos últimos segundos de jogo. Quanto mais assistências desligarem, mais estão a apostar para um realismo absoluto. Se não querem estar a modificar cada um destes aspectos, no topo do menu existe a oportunidade de escolher uma opção predefinida para modificar todas as opções de acordo com a dificuldade que escolhermos.

A jogabilidade mostra-se bem consistente, e bastante acessível, não sendo necessário a prática excessiva para manusear um carro na perfeição, em condições normais, mas se são adeptos do realismo, então preparem-se para esgotar umas boas horas a afinar todo e qualquer detalhe do carro, e a aperfeiçoar todos os cantos da pista em questão. Nesta versão não foi possível modificar a sensibilidade no que toca ao manuseamento do volante, até porque a movimentação do volante é bastante rápida, e nas curvas mais suaves, torna-se difícil executá-la de uma maneira satisfatória. As físicas cumprem bem o seu papel, dando uma boa recriação do “peso” que poderá ter o manuseamento de um Formula 1, havendo certos detalhes muito bem conseguidos como o pisar de um corrector, o que pode causar grande instabilidade no veículo e que nos pode causar um despiste. Não é apenas necessário correctores para causar um despiste, até porque com a força que o motor do bólide possui, um simples exagero no acelerador após uma curva, pode enviar rapidamente o nosso para a gravilha.

A inteligência artificial dos oponentes precisa ainda de ser um pouco trabalhada por várias razões, uma delas é a condução por vezes “suicida” que eles adoptam, ao por exemplo não abrandarem em curvas que simplesmente não têm espaço para ultrapassar, abalroando assim uns poucos veículos, afectando assim a nossa prova, tanto em termos de penalizações que iremos receber inocentemente e a danos causados aos veículos. Em geral, os oponentes oferecem um bom desafio, conseguindo dar uma boa pressão aos jogadores e outros oponentes. F1 2010 é um jogo bastante vivo, com várias coisas a acontecer, e um público que se mostra bastante vivo nas bancadas do circuito. Tanto nós como os nossos adversários podem cometer erros, sendo que por vezes pode nos ser mostrada uma bandeira amarela não só por despiste ou acidente, mas também por detritos no meio pista. Não foi possível determinar se os nossos oponentes são penalizados por condução perigosa ou afins, algo que convém ser adicionado ou aperfeiçoado devido a pontos acima citados. As boxes durante a corrida podiam conter bastante mais vida, com pessoas e mecânicos dentro da boxe a vaguear.

A apresentação de F1 2010 é sem dúvida o ponto mais alto deste jogo, ao qual o detalhe e a qualidade são sinónimos deste jogo. As réplicas dos carros originais da temporada de Formula 1 do ano 2010, foram reproduzidos com uma atenção ao detalhe minuciosa, estando inteiramente iguais aos encontrados na realidade. Um ponto a destacar é a fraca qualidade a que os capacetes se encontram, apresentando uma ausência no trabalho destes mesmos quando visto de fora. As pistas estão também muito bem trabalhadas e reproduzidas neste jogo, oferecendo uma experiência bem real. Um dos pontos a frisar por ser impressionante é a chuva em F1 2010, sendo que quando chove durante uma corrida, as gotas ocupam o ecrã da mesma maneira que ocupariam a viseira de um piloto. O chão apresenta algumas poças ao qual se podem ver gotas da chuva a poisar, e quando o carro acelera, é possível ver a água a deslizar para trás conforme a velocidade do carro aumenta

Com alguns pontos a trabalhar, F1 2010 mesmo assim consegue impressionar muito com uma apresentação estonteante e uma jogabilidade realista e acessível ao mesmo tempo. Com todos estes ingredientes escolhidos, F1 2010 está no bom caminho para se tornar no melhor jogo baseado no Grande Prémio de Formula 1 até hoje criado, ultrapassando até jogos da franchise Geoff Crammond's Grand Prix.

Xina